O blog "O colecionador de botões e a menina que gostava de mapas remendados" está vinculado ao Grupo de Pesquisas e Estudos em Geografia da Infância- GRUPEGI, ao Laboratório de Cartografia e Geotecnologias com Crianças e Escolares (CNPq/FAPEMIG/UFF-UFJF) e faz parte do projeto Cartografia com Crianças: Ensino, Pesquisa e Extensão.
"Enquanto falava, uma pequena jerboa chegou, passeando lentamente pelo balcão e indo se acomodar num dos cantos da loja."
Partes da história foram contadas a partir de um teatro de sombras. Os personagens foram cortados, delineando o perfil de cada um e usando material simples e uma luz de fundo, fizemos a atividade. O material foi apenas uma caixa de papelão, papel vegetal e um celular (para a luz).
Essa é uma técnica muito utilizada nas escolas antroposóficas. Pode ser feito com um pano que permita a passagem da luz e a criação de sombras. Assista aos vídeos abaixo:
"O que vê? Me conte! - Uma paisagem branca, estrelas em um céu escuro e muitas pessoas com muitas roupas. Só consigo ver parte de seus rostos. Tudo está tampado, deve ser por causa do frio. É um lugar bem diferente daqui. Tá muito, muito frio por lá! - Comentou a garota, arrumando o botão em seu próprio olho. - É um lugar frio sim, são pessoas que moram em uma das curvas que o mundo tem - disse o botãoeiro. A menina continuou a falar: - Eles também usam mapas, mas parecem ser de madeira, feitos em algum tipo de pau, deve ser de alguma árvore, não consigo ver direito. Alguns caminham e outros navegam, as águas estão geladas, tem até pedaços de gelo flutuando. - Mapas podem ser de madeira também. Assim como os botões. O importante é que são mapas, não é? É bom pensar os mapas pelos lugares, assim compreendemos tanto as diferenças que estão no mundo e que nos fazem - sorriu o botãoeiro. - Olhar pelos botões é muito bom! - Falou a menina muito empolgada. - As bonecas e os bonecos de pano também gostam. Muitas coisas são possíveis com os botões. Mas nem todos olham os mapas como nós - argumentou o homem, com o olhar agora mais vago, vazio - E o que mais consegue olhar? - Há muitas cores no céu, brilhos que ficam dançando. É como um caleidoscópio - falou ela com grande empolgação. O botão foi retirado do olho da menina e o homem ruivo comentou: - Ótima ideia, botões são maravilhosos para se fazer caleidoscópio, principalmente os pequeninos. Podemos fazer um para olhar, para ver o brilho e as cores que o céu desses lugares tem."
A partir do livro discutimos outras formas de registrar os espaços geográficos, as diferentes cartografias, as paisagens diferenciadas no mundo! Refletimos sobre a Cartografia Inuit, sobre Auroras e como fazer caleidoscópios, caleidosciclos...e muitas coisas... veja um pouco dos nossos trabalhos.
Que tal conhecer um pouco mais sobre as Jerboas?!!! Procure pesquisar! Busque saber onde vivem! Seus hábitos e suas rotinas! Vai se surpreender! Faça uma pesquisa e descubra como é a paisagem onde vivem esses roedores!
"Inclusive todas as ruas tinham nomes de árvores ou outras plantas, algumas até de ervas: Rua das Pitangueiras, Rua do Alecrim, Rua das Jacas, Rua Amoeira, Rua das Pitombas, Rua das Carambolas, Rua Manjericão, Rua do Limão Galelo, Rua do Limão Siciliano e muitas outras ruas. Conta-se que as pessoas que chegavam a essas ruas, ainda sem nome, plantavam aquilo que mais gostavam de experienciar e logo a rua estava nomeada. Assim, os nomes iam surgindo e, com eles, o cheiro, as cores e os sabores. Quem andava por elas sentia as paisagens da cidade."
Um outro trabalho que desenvolvemos a partir do livro foi em relação ao nome das Ruas e do Lugares, ou seja, sobre TOPONÍMIAS. Sabemos que os nomes não são neutros e não são dados de forma aleatória aos lugares. Eles revelam as histórias e as geografias dos diferentes grupos sociais que ai vivem. Você já parou para pensar porque alguns lugares tem esses nomes e não outros?
Há uma interessante música de Hélio Ziskind bem interessante de ser compartilhada com as crianças:
O debate da diversidade e da diferença está presente no campo educacional. Pensar nas diferenças que formam o ser humano é fundamental no processo educativo, mas é importante destacar as diferenças de paisagens que formam o planeta Terra, afinal, a paisagem tem também suas perpectivas ideológicas e geopolíticas. São signos! E como signos não são neutros! Vejamos o vídeo abaixo:
A Linha Fria do Horizonte
Quer ler o livro do Vitor Ramil...A Estética do Frio? /Acesse aqui
Quer ouvir o CD completo de Vitor Ramil...A Estética do Frio? Acesse o vídeo abaixo:
"E havia árvores, muitas árvores bem verdes, árvores com várias cores, muitas misturadas dentro da cidade e também fora dela. Inclusive todas as ruas tinham nomes de árvores ou outras plantas, algumas até de ervas: Rua das Pitangueiras, Rua do Alecrim, Rua das Jacas, Rua Amoeira, Rua das Pitombas, Rua das Carambolas, Rua Manjericão, Rua do Limão Galelo, Rua do Limão Siciliano e muitas outras ruas. "
Reflexões desenvolvidas no curso: alguns slides
A partir do livro e das reflexões sobre o registro de todas as dimensões que envolvem uma paisagem (formas, cheiros, sons, texturas...) foram organizados mapas pelos participantes, escrituras de suas cartografias e vidas:
Anna Dilon
Ana Paula Santiago/UFJF
Ramon Barbosa/UFJF
Nirlea Santiago/UFJF
Marília Aquino/UFJF
Camila Britto
Letícia Bergantini/UFJF
Fabiana Gabriel/UFJF
Imagens cedidas e autorizadas pelos criadores (08/03/2018)
Atividades no curso de extensão
Bruna Teixeira/SE
Vinicius Barroso
Eliane Castro
Patricia de Souza
Eliza Amorin
Soraia
Cristhiane Campos
Renata Costa
Imagens cedidas e autorizadas pelos criadores (09/03/2018)