Powered By Blogger

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Oficina de "Cartografia Com" na Semana de Acolhimento e Integração - Faculdade de Educação (UFJF)

"Entre praias, pés de ameixa, jabuticaba, montanhas, ruas, videogames, caixa de correios, parquinhos, mimeógrafo e a casa da vó, há uma imensidão de memórias que despertam emoções. Emoções que ativaram lágrimas… Cada lágrima são lembranças da vida... coleção de lugares, cheiros e sabores. Essa foi a oficina “Mapas vivenciais: cartografia com crianças” oferecida pela querida Sara para a Semana de Acolhimento e Integração da Faced. Que oficina! Que delicadeza e sensibilidade sua, Sara! Contemplar as memórias outras, desenhar e narrar as nossas transformaram a sala 18 em uma máquina do tempo e um recanto de saudades. E nessa dança de contemplar, desenhar e narrar, mergulhamos nas profundezas de um mar com lembranças longínquas… para um (re)encontro de si, (re)descoberta do tempo, (re)encontro de lugares… recuperação da nossa existência e de momentos e lugares que marcaram a gente. O que dá sentido para nós? Nossas vivências… nosso cotidiano, nossos momentos que, ao longo do nosso percurso, marcam a gente em nossa singularidade. Sara, muito obrigada por oferecer essa oficina maravilhosa e encantadora. Gratidão por me fazer sentir e refletir".  (Talita Toschi)

"Na manhã de hoje, tive a grata oportunidade de participar de uma oficina sobre "Mapas vivenciais" onde pudemos pensar sobre a importância de considerar a vivência e a relação da criança com o espaço dentro da disciplina de Geografia, fizemos uma atividade que nos levou pra lugares saudosos e marcados por muita afetividade. Ah, minha infância... quantos lugares e pessoas especiais, quantos cheiros e formas que carrego e carregarei comigo sempre, e o quanto esses pedaços me constituem, como fazem parte da pessoa que sou e que venho me tornando. Ao chegar em casa me pus a refletir e a sentir novamente a experiência da atividade e, como sempre acontece ao visitar o passado, veio a lembrança boa de meu pai e a saudade se fez em forma de amor que transborda os olhos, de repente me peguei ali, lembrando de um momento mágico em nossa infância, minha e de meu irmão e esse momento se fez reviver no caminhão de caixinha de pasta de dente, um dos brinquedos que meu pai fazia e que de tão singelo e puro tanto nos encantava, bastava abrir uma pasta de dente nova pra ali ficarmos por minutos juntos, construindo um brinquedo novo. E agora estou aqui pensando no quanto o curso de pedagogia tem me proporcionado reviver momentos como esse, e no tamanho da importância de que nós professores possamos proporcionar aos nossos alunos esses momentos, da importância de percebermos que eles são sujeitos construídos por marcas, sentimentos e histórias. Gratidão pelo dia de hoje". (Fabiana Gabriel)


Relatos da oficina
Entre os dias 17 e 19 de abril, aconteceu a Semana de Acolhimento e Integração da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. O Grupegi (Grupo de Pesquisa e Estudos em Geografia da Infância) ofereceu uma oficina de Mapas Vivenciais refletindo sobre o trabalho da "Cartografia Com". As atividades se iniciaram com o debate sobre o conceito de Vivência (Perejivanie) desenvolvido por Vigotski, foi seguida da leitura e discussão do livro O menino que colecionava lugares, de Jader Janer. Após a leitura, os participantes foram convidados a pensar em sua própria coleção de lugares da infância. Depois foi exibido o curta metragem A Casa de Pequenos Cubinhos. A partir daí, todos confeccionaram um mapa de suas vivências infantis. A oficina foi conduzida por Sara de Paula. 

Livro usado na oficina
  
Vídeo usado na oficina






quarta-feira, 25 de abril de 2018

Alguém conseguiu fazer a Madame Callarani em papel?

O trabalho com origami é um recurso para as vivências espaciais com as crianças!


Esse foi um que fizemos....não é só a cognição espacial que se envolve nessa atividade, mas muitos histórias e geografias de outros povos...já leu sobre o Tsuru?

Curso Cartografia com Crianças - Secretaria de Educação Encontro II

Olhando o botão branco....continuamos a ver as Cartografias dos Mundos....

“A palavra “sertão” é curiosa. A sonoridade sugere o verbo “ser” numa dimensão empolada. Ser tão, existir tanto. Os portugueses levaram a palavra para África e tentaram nomear assim a paisagem da savana. Não resultou. A palavra não ganhou raiz. Apenas nos escritos coloniais antigos se pode encontrar o termo “sertão”. Quase ninguém hoje, em Moçambique e Angola, reconhece o seu significado.
João Guimarães Rosa criou este lugar fantástico, e fez dele uma espécie de lugar de todos os lugares.(...) O sertão é um mundo construído na linguagem. “O sertão”, diz ele, “está dentro de nós.” Rosa não escreve sobre o sertão. Ele escreve como se ele fosse o sertão.

Em Moçambique nós vivíamos e vivemos ainda o momento épico de criar um espaço que seja nosso, não por tomada de posse, mas porque nele podemos encenar a ficção de nós mesmos, enquanto criaturas portadoras de História e fazedoras de futuro. Era isso a independência nacional, era isso a utopia de um mundo sonhado.” ( Mia Couto em Se Obama fosse Africano)








quinta-feira, 19 de abril de 2018

O trabalho com o registro do corpo

O processo de Alfabetização Cartográfica envolve o registro do próprio corpo. É uma das formas das crianças perceberam o seu recorte corporal no espaço, que o corpo ocupa um local nesse espaço e que pode ser registrado de diferentes maneiras. As atividades a seguir são exemplos desse trabalho:

O registro das mãos da turma (cada um criou um símbolo/legenda para ser identificados)

O tamanho do corpo de cada um (medido em barbante e afixado na parede, novamente o símbolo foi colocado para diferenciar as pessoas)


O registro do perfil (usando uma luz de fundo, registrou-se, a partir da sombra, o perfil do rosto dos participantes)



O mapa do corpo (trabalhou-se com o contorno do corpo inteiro, aproveitou-se para falar das partes do corpo e da lateralidade -direita e esquerda.)



Cenário e Imagens da Cidade

Eis algumas imagens transformadas em cenários (São da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil)


Prédio da Prefeitura de Juiz de Fora


Prédio do Museu Mariano Procópio (Juiz de Fora- MG)


O trabalho com cenários


Entre casas grandes e pequenas, ruas de pedras e árvores, havia um chafariz, cuja água não jorrava para cima, mas em sua direção corrente, caindo sobre uma bacia arredondada de pedra, onde as pessoas, que por ali transitavam e também os moradores locais, colhiam água sempre fresca. Também diziam ser ele muito antigo, não como a grande árvore, mas bem antigo, com idade aproximada de tantas outras coisas antigas daquele lugar. Havia muitas histórias em torno daquele chafariz. A mais contada era sobre a sua própria criação.

- O trabalho com cenários, permite as crianças exercitarem seu pensamento espacial, a partir da visão frontal, em uma perspectiva de duas dimensões. Assim, além dos croquis da paisagem, essa é outra atividade importante de ser desenvolvida no trabalho da Cartografia com Crianças. Foi solicitado aos participantes que buscassem imagens da própria cidade e que fossem transformadas em cenários, uma vez que temos pouco material disponível brasileiro. Além disso foram fotografados (com o celular) as construções em diferentes perspectivas.

Vamos as imagens:









quinta-feira, 12 de abril de 2018

Que tal fazer Madame Callarani em papel -Origami?

Enquanto falava, uma pequena jerboa chegou, passeando lentamente pelo balcão e indo  se acomodar num dos cantos da loja.

- Essa é a Madame Callarani, nos conhecemos quando estava de passagem por terras que ficam um pouco longe daqui. Ela quis me acompanhar, disse que queria conhecer o mundo. Ela é bem calada mesmo. Fala pouco.

Siga o passo a passo 



quinta-feira, 5 de abril de 2018


Enquanto costurava alguns botões no mapa, o botãoeiro aproveitou para comentar:
- Dizem muitas coisas dos mapas, uma delas é que a humanidade os inventou para localizar as coisas. Eu não acredito tanto nisso.
- Não?
- Para mim foi um pouquinho de inveja dos pássaros.
- Será?
- Sim, quer ver? - Ele virou-se e pegou seu chapéu que estava pendurado num cabide curvo e arredondado. - Olha esse chapéu assim. - Posicionou à frente dos olhos da menina.
- Tá vendo?
Aí começou a contorcer o corpo e os braços, fazendo o chapéu se deslocar por várias posições. A menina parecia não acreditar o que ele podia fazer com o corpo, eram giros inteiros. Ele se movimentava e dizia:
- Agora olha de novo. - Ele colocou o chapéu um pouco abaixo dos olhos dela. - Veja assim!
- Hum, hum.
Ela olhava. Finalmente colocou-o no chão, bem perto dos pés dela.
- Olha agora!
Ele fazia esses movimentos como se dançasse na loja.
- Hum, hum!

- Então, é o mesmo chapéu, mas, dependendo da posição que se olha, temos um chapéu diferente, né? Até sua cor muda. As coisas mudam dependendo da onde a gente as olha. Agora venha até a porta.

Atividades envolvendo a visão frontal 

Clique na imagem para ampliar. 

Atividades desenvolvidas no curso 








Mapas e literatura

Eis alguns mapas presentes na literatura mundial.

Imagens dos personagens

Para quem desejar, as imagens foram postadas e estão disponíveis para download na barra lateral direita do blog.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

Atividade: registro do centro da cidade.

"Entre as árvores, uma delas se destacava no centro da cidade, pois, além de grande, era muito antiga. Ninguém naquele lugar sabia ao certo quando ela fora plantada, nem sabia se ela já estava lá antes da chegada da cidade. Era antiga e com galhos que apontavam para todos os lados, em direção ao céu, tombando também sobre suas raízes. Em seu entorno, alfazemas cresciam e davam um tom arroxeado nas bases."

Após a leitura da história, o grupo de professoras fez um registro coletivo, desenhando como imaginam ser a cidade onde ocorre a história. 





Eis o resultado final:


LIVRO: GEOGRAFIA DA INFÂNCIA: ESPACIALIZAÇÕES DA VIDA

Em 2018, o Grupo de Pesquisas e Estudos em Geografia da Infância (GRUPEGI/UFF/UFJF), sob coordenação do professor Jader Janer Moreira Lopes,...